quarta-feira, 30 de março de 2011

Se você dissesse que não e sumisse, seria mais fácil. Mas não, você faz questão de mostrar que ainda existe. Que ainda sabe sorrir, e não precisa de mim para isso. Tenho certeza que hoje, não duraríamos nem um dia. Mas, meu coração não precisa de tudo isso. Talvez algumas horas, alguns minutos ou até mesmo alguns momentos. Só você, eu e o seu cheiro. (DDQ)

sexta-feira, 25 de março de 2011

E eu me peguei sonhando todas as noites com você, olhando pro lado o tempo todo na sala de aula só pra poder olhar pra esse seu rosto de bebê que tanto me fascina. Me peguei imaginando nós dois juntos, ou não. Me peguei te querendo tanto, tanto...
Deu até vontade de me tornar, quem sabe, uma menina mais quieta. Chega de festas finais de semana, chega de enxer a cara e de mandar mensagens pro cara idiota que não tá nem aí pra você. Falei pra mim mesma: ''Se aquieta e deixa o cara certinho tomar conta de você. Se aquieta e toma jeito!''
Confesso, me dá uma imensa vontade de estar com o cara certinho, e ver se ele me acerta. Ver se ele pode ser o cara que finalmente curará essas feridas aqui do lado esquerdo que um ou dois inúteis deixaram sangrando. Imensa vontade, vasta vontade. Já não me basta só te olhar de 5 em 5 segundos. Eu quero te tocar o tempo todo. Quero seus braços em volta de mim. Como disse Tati Bernardi: sejamos diretos para não sermos idiotas: eu te quero.
Você me dá sorrisos involuntários. Você chega perto de mim e de repente eu perco a fala e fico só sorrindo, só rindo. E quando uma mulher sorri muito, é porque ela quer desviar a atenção do que está escrito na testa: ''Gostei de você.'' E gostei mesmo. Com esse seu jeito meio desengonçado, com esse seu topete loiro, com essa sua boca escancarada com dentes lindos, com essa sua risada cativante, com essa sua habilidade pra jogar futebol nas aulas de educação física. Gostei mesmo você não sendo o estereótipo de beleza padrão. Gostei porque a gente não escolhe de quem gostar. Ou as vezes até escolhe, mas eu prefiro não. Prefiro me deixar levar por sorrisos e olhares cativantes. Assim como os seus.
Mas não vou forçar nada agora, vou simplesmente deixar fluir. Não sei se ainda tá na hora, porque confesso, ando muito confusa em relação aos meus sentimentos. Talvez esse meu gostar de você dure algumas semanas, ou até mesmo alguns meses. Por isso vou esperar, e quem sabe ver se você dá um sinal de que também está a fim.
Eu ando sorrindo mentiras por aí. Fazendo novos eus, como se só houvesse possibilidade de ser verdade ao lado de alguém. É coisa de gente que se ilude, eu sei, gente que espera o aval de outras pessoas para ser feliz. Mas é que me dá um aperto, uma angústia. Você sabe do que eu estou falando, aquele sentimento que a gente tem quando todo dia é segunda-feira. Eu espalhei muito sorriso à toa, pra ver se um deles prendia alguém no canto dos lábios. Não funcionou. Mas ainda tenho alguns guardados, chorosos, quase desistentes, quase sem motivo, esperando valer à pena escapar pelos olhos.

(Verônica H.)

terça-feira, 22 de março de 2011

domingo, 20 de março de 2011

Aquele dia ele não queria ir embora, mas foi. Essa talvez tenha sido a coisa certa a fazer. Ele foi embora de novo ontem, nem sei se queria. Outra escolha certa. O vazio que ficou do meu lado cutucou meu ombro e sussurrou no ouvido “Alguém já fez isso com você?” e eu tive vontade de sair correndo pela escada e gritar para ele me esperar. Que foi? Esqueci alguma coisa? Esqueceu. Esqueceu que eu sorri muito quando a gente se conheceu. E quando uma mulher sorri muito, é porque ela quer desviar a atenção do que está escrito na testa: “Gostei de você”. Gostei e nem sei bem o porquê. Nem tem nada de mais, só um rosto três vezes mais bonito do que o cara do filme de ontem. Nada além disso. Nenhuma marrentisse, nenhum indício de homem cult-moderno, nenhum papo além de 30 minutos. Mas sabe o que é? Sou boa em alimentar a sensação de ser de alguém. É por isso que você fez bem em ir embora. É por isso que você sempre faz bem quando resolve ir. Me deixar sozinha é me entregar a notícia de que até então eu só estava sonhando.

Blog Sofisticada


sábado, 19 de março de 2011

Esperando que cure, que passe, que você quem sabe volte com um buquê e sem ligação, tocando o meu interfone sem que eu espere, e diga: desce que tu é o amor da minha vida. Meio Romeu você, eu totalmente Julieta. Desglorificados pelo nossa paixão eterna que deu errado pelo vilão mais inconsequente possível: o destino. Então pulando para a realidade, relembro que a chance disso acontecer é nula, o que só aumenta minha tristeza.

domingo, 13 de março de 2011

Um sorriso sincero, um abraço apertado, um beijo gostoso. Tantas demonstrações de carinho, que você pensa estar vivendo um momento perfeito. Mas quando acaba, você se sente confusa e sente como se aquilo não passasse de uma ilusão bem planejada, bem feita. E se desmorona em lágrimas e em soluços. Você, cansada de chorar, dorme e deseja que todos esses receios desapareçam com a noite. O dia chega e você se sente melhor, e sai de casa com um novo sorriso na cara, mesmo que não seja o que você carrega dentro de si. Você encontra seus amigos, se diverte, volta pra casa, toma um banho, e recebe uma mensagem dele dizendo que precisa te ver, que precisa te ouvir, precisa sentir teu cheiro. Você, mais uma vez, pensa estar vivendo um momento perfeito. Vocês se encontram, se ouvem, se cheiram, se beijam, se amam. Mais uma vez vocês se separam. E a cada noite, você sente como se isso começasse a se tornar um vício. Um momento que você quer pra sempre na sua rotina. Mesmo rotinas sendo chatas, você sabe que isso não será. Beijá-lo e abraçá-lo nunca será uma coisa chata.
Porém as noites passam e ele começa a parar de mandar mensagens ou de telefonar pedindo pra te ver. Você se vê detruída por dentro, precisando dele mais do que qualquer coisa, porém lhe falta coragem de ir atrás. Pois você espera essa atitude dele. Por mais que todas as outras vezes ele tenha tomado a atitude, você ainda espera isso dele. Mesmo sabendo que talvez ele nunca mais te procure. Mesmo sabendo que ele deve estar cansado de você, que deve ter encontrado outra compania melhor pras suas noites. Assim como ele provavelmente fez com outras antes de você. Você começa a se maltratar, a se xingar, e a se perguntar o que você tem ou fez de errado. Mesmo lá no fundo, no fundo, você sabendo que a culpa não é sua, e sim dele. Mas você é tola, e ama demais aquele cafajeste, que um dia te jura o mundo, e no outro faz o seu virar de cabeça pra baixo.

domingo, 6 de março de 2011

Se eu pudesse desfazer tudo de errado entre nós, e apagar cada lembrança sua que ainda existe em mim. Eu sei que nada que eu diga vai trazer o longe pra mais perto de mim dessa vez. Porque gostar de alguém vai ser sempre assim, irreversível. A cada passo que eu dou pra frente, sinto o meu corpo indo pra trás, e a cada hora que vivo sem sentido, parece me fazer te querer cada vez mais. Eu trago em mim apenas um sorriso, braços abertos pra te receber. Mas acabo sempre triste e sozinha, procurando uma maneira de entender. Se é irreversível para mim, então é irreversível pra você. Se tudo tem que ser assim, então deixa ser.
Nunca mais espero te encontrar. Por tudo que você me fez passar. Tantos dias sem entender, esperando por você que não vai voltar. Dias atrás pensava em você, não é assim. Mas olho pra trás, mas penso e sigo em frente pra nunca mais viver assim. Tanto faz o que vai rolar, mas nunca espero voltar lá. Sempre tento me esconder para deixar de te ver. Acho que é melhor.
CPM22

sexta-feira, 4 de março de 2011

Já tinha um mês e resolvi ir nessa festa com cara de festa que você vai. Toda pessoa de cabelo claro que entrava eu achava que era você. Assim como acho quando estou na rua, no supermercado, na fila do cinema, dormindo. Virei uma caçadora de pessoas cacheadas. Virei uma caçadora de você em todas as pessoas. Então você chegou na festa. E eu apenas sorri e sorri e sorri. Porque era isso. Eu queria te ver apenas. A dor numa caixinha embaixo dos meus pés e eu mais alta pra poder te abraçar sem dor, perto da sua nuca e por um segundo. Eu te acho bonito de formas tão variadas e profundas e insuportáveis. Eu vejo você parecendo um leãozinho no fundo da festa. Suando e analisando. O rei escondido escolhendo a presa que não vai atacar. Com sua eterna tristeza cheia de piadas afiadas. Suas facas afiadas de graças para defender as tristezas que nadam baixas nos seus olhos de quem não quer fazer mal. Mas faz. Seus olhos. Em volta um riozinho melancólico e no centro o sol feliz e novinho chegando. E tudo isso vem forte como um soco de buquê de flores de aço no meu estômago. Uma saudade dos mil anos que passamos, ou das três semanas. A loucura de gostar tanto pra tão pouco ou simplesmente a loucura de tanto acabar assim. Fora tudo o que guardei de você, me restou a consideração que você guardou por mim. Sua ligação depois, quando me encontra. Sua mão estendida. Sua gentileza disfarçada de vergonha por não gostar mais de mim. A maneira que você tem de pedir perdão por ser mais um cara que parte assim que rouba um coração. Você é o mocinho que se desculpa pelo próprio bandido. Finjo que aceito suas considerações mas é apenas pra ter novamente o segundo. Como o segundo do meu nariz na sua nuca quando consigo, por um segundo, te abraçar sem dor. O segundo do seu nome na tela do meu celular. O segundo da sua voz do outro lado como se fosse possível começar tudo de novo e eu charmosa e você me fazendo rir e tudo o que poderia ser. O segundo em que suspiro e digo alô e sinto o cheiro da sua sala. Então aceito a sua enorme consideração pequena, responsável, curta, cortante. Aceito você de longe. Aceito suas costas indo. Aceito o último cacho virando a esquina. Não é que aceito. Quem gosta assim não come migalhas porque é melhor do que nada, come porque as migalhas já constituem o nó que ficou na garganta. Seus pedaços estão colados na gosma entalada de tudo o que acabou em todas as instâncias menos nos meus suspiros. Não se digere amor, não se cospe amor, amor é o engasgo que a gente disfarça sorrindo de dor. Aceito sua consideração de carinho no topo da minha cabeça, seu dedilhar de dedos nos meus ombros, seu tchauzinho do bem partindo para algo que não me leva junto e nunca mais levará, seu beijinho profundo de perdão pela falta de profundidade. Aceito apenas porque toda a lama, toda a raiva, todo o nojo e toda a indignação se calam para ver você passar.