segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Do blog ''Para ver se cola''

Cadê o amor que estava aqui?

*ficitício
Cadê o amor que estava aqui? Deixou vento como lembrança. Vento frio que tirou aquele calor que há tanto tempo me habitava. Foi-se embora o amor e ficou esse nada que não nos pertence. Cadê o amor? Se foi. Nem disse tchau, nem deixou bilhete. Foi embora para nunca mais voltar e nos deixou com cara de tacho sem saber o que dizer ao outro. “Foi bom, obrigada”, “a gente se vê por aí”. Não. Não há nada a se dizer quando o amor se vai. O amor se vai e fica esse silêncio entre duas almas que antes eram uma só. Silêncio e saudade. Saudade desse amor que já foi enorme e hoje não é mais nada. Ou nada é.

Por mim, eu te amava mais um bocado de anos. Um bocadão bem enorme de anos quentinhos, de tardes na cozinha e de conversas baixinhas no telefone. Ah! Eu poderia te amar mais uma eternidade se esse amor quisesse estado ficar! Mas não quis. Se foi e nem pediu licença. Nem licença, nem desculpa. Achei meio falta de respeito, mas o que se pode cobrar de algo que já te deu parte das maiores alegrias do mundo? O que se pode cobrar disso que veio de graça, te fez completa e não pediu nada em troca? Um pouco mais de tempo juntinho talvez. Talvez. Mas não dessa vez.

Não tem amor, não tem mais nós dois. Não adianta insistir em ficar junto se esse junto já não é suficiente para nos manter aquecidos. Ficar junto por gratidão ao tempo que se passou é o pior jeito de menosprezar a grandeza que esse sentimento nos foi. Tudo um dia chega ao fim. Sem chororô, sem mal entendido. No máximo algumas ligações alcoolizadas na madrugada. Prometo falar baixinho, não fazer escarcéu. Só morrer de saudades...

Nenhum comentário:

Postar um comentário