segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

by: para ver se cola

Pelo menos um motivo

*Texto fictício
Eu tinha cansado dessa nossa babaquice e dessa nossa mania de fingir que não está nem aí para o outro, mas ligar de madrugada, aparecer na porta da casa de surpresa e dividir nossos pensamentos mais secretos. Cansei de não pensar em você, mas ficar radiante depois de uma tarde juntos comendo bobagem e achando graça da vida medíocre que algumas pessoas levam. Cansei desse sentimento de meio da semana, da nossa cumplicidade secreta e do nosso tesão momentâneo. Ficou um porre lhe querer só às vezes e eu resolvi lhe querer sempre.

Resolvi em uma quarta-feira normal, enquanto minhas amigas fuçavam a namorada de não sei quem da faculdade que ficou com o primo da Flávia, o qual a Juju era doido para pegar. Resolvi por gostar do seu carinho, por perceber que esse medo de voltar a me relacionar de verdade com alguém novamente era pura bobagem e que eu tinha muitas chances de ser feliz com você. Resolvi bem resolvido, com um sorriso enorme na cara e uma vontade gigante de gritar sei lá o que, só para ver se aquela coisa maluca que eu estava sentindo e só aumentava a cada milésimo de segundo diminuía (porque era boa ao mesmo tempo em que me tirava um pouco a respiração).

Resolvi porque sou trouxa, porque, no fundo, eu ainda acreditava que alguém iria me fazer muito feliz e respeitar até o fim os meus sentimentos. Tola, tola, tola. Mil vezes tola! Resolvi bem no dia que você resolveu não sei exatamente o que. Não entendi até agora onde você quis chegar com aquilo, mesmo martelando na minha cabeça por vezes e vezes seguidas a imagem, as conversas (anteriores e posteriores) e tudo mais que pudesse me levar a alguma conclusão racional sobre a sua atitude escrota. É sério. O que você quis agarrando a mesma menina que o Luís Felipe agarrou no meu quinto mês de namoro com ele? O que você quis recriando com quase perfeição a imagem mais dolorida que eu tinha na memória (e você sabia o quanto a simples presença dela me faz mal) e como você conseguiu fazer a dor parecer ainda pior naquele instante?

Cuzão! Cara escroto! Filho de uma puta! Eu não precisava ter tomado nenhuma decisão em relação a porra de relação nenhuma para sentir essa vontade de espancar essa sua cara linda, linda, linda... Esse seu rosto de merda que eu já tanto colei em mim! Você fodeu comigo por inteira de graça. Fodeu com toda confiança que eu tinha em você e em mim. Fodeu com minha alegria de ser mulher. Fodeu com meu respeito por você. Aliás, onde você enfiou a porra do respeito que você sentia por mim? Onde você enfiou aquela consideração toda e aquela vontade enorme de me ver feliz que você dizia sentir? De certo, na porra da sua bunda, canalha de merda.

Você quem me chamou para aquela festa, você quem disse que queria me ver. Me ver por 3 minutos e ir se esfregar com a menina que eu sempre lhe falei que eu tinha vontade de arrebentar o pescoço? Caralho! Tanta menina por aí com a qual eu nunca me importei. Tanta opção que não ia me fazer nem cosquinha ou que poderia, no máximo, me deixar com vontade de beber dois copos de suco com vodka a mais. Tanta menina... Que merda! Que porra de sentimento escroto que me sufoca sem nenhuma gota de alegria. Que porra de vontade de lhe socar. Mas eu não tenho forças o suficiente para o estrago que eu queria causar nesse seu rostinho cobiçado. Eu não tenho forças para acabar com isso que eu estou sentindo. Eu não tenho forças nem para pedir colo para minhas amigas. Eu estou um traste. Se o que você queria era me detonar, você conseguiu.

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