domingo, 24 de outubro de 2010




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Então aqui estou eu engolindo o meu orgulho, parada na sua frente dizendo que sinto muito por aquela noite. E eu volto a dezembro o tempo todo. Acontece que a liberdade não é nada além de saudades suas. Eu queria ter percebido o que eu tinha quando você era meu. E eu volto a dezembro, dou meia volta e deixo tudo bem. Eu volto a dezembro o tempo todo.
Eu não tenho dormido bem esses dias. Fico acordada lembrando de como eu fui embora. Quando o seu aniversário chegou e eu não te liguei, eu pensei no verão e todas as lindas vezes que eu vi você rindo do lado do passageiro e eu percebi que eu te amava no outono. E então veio o frio com os dias escuros. Quando o medo invadiu a minha mente, você me deu todo o seu amor e tudo que eu te dei foi um adeus.

Eu sinto falta da sua pele, do seu doce sorriso, tão bom para mim, tão certo. E como você me segurou em seus braços naquela noite de novembro, a primeira vez que você me viu chorar. Talvez isso seja apenas uma doce ilusão, provavelmente um devaneio sem motivo. Se nos amássemos de novo, eu juro que te amaria direito. Eu voltaria no tempo e mudaria tudo, mas não posso fazer isso. Então, se a sua porta está trancada, eu entendo.


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